A última postagem do Phylos, In Hoc Virtuallis Mundi (tive que olhar pra ver como escreve), me
deu muito em que pensar. Como sempre, esse infeliz consegue tirar as bases que
eu considerava fortes. Ele e essa sua mania filosófica... Mas não foi o ponto
de ignição deste texto. E eu precisava escrevê-lo, com urgência. Antes que ele
sumisse na imensidão de ideias que é o caos do meu cérebro.
Eu fico muito no Facebook. Muito mesmo. Como gosto de
brincar: Muito, do verbo “Pra caralho!”.
Ok, não é verbo, mas qualquer um que tenha assistido “Nóis na Fita” sabe do que
eu estou falando. Se não assistiu, assista. Garanto que dará boas risadas.
Eis que em uma postagem, uma conhecida postou a
seguinte frase: “A Vida não é Video Game para te dar chances. Vacilou, game
over!”. E eu fiquei pensando na frase...
Vamos pensar a vida numa estrita perspectiva. Ela é
ao mesmo tempo desanimadora e completamente renovadora se você souber
aproveitar dos seus efeitos. Se não, você vai ficar desesperado. Peço desculpas
antecipadas aos leitores por isso. Mas às vezes é necessária uma fuga da
inércia em que vivemos.
Se considerarmos a visão científica da gênese do
nosso mundo, surgida de um único ponto em uma explosão sem precedentes ocorrida
a aproximadamente 14 bilhões de anos (o que já é desesperador por si só), teríamos
de concordar que tudo, absolutamente tudo, decorre de um processo caótico desde
então e, portanto, somos filhos do Caos. Meros seres quase desprezíveis na
imensidão que é o Universo. Frutos dos vários Acasos numa sucessão de instantes
que tendem ao infinito. Poético e assustador, não?
Sendo assim, a qualquer momento, poderíamos ser
acometidos por uma grave doença, ou poderíamos já tê-la em nossos genes; nosso
planeta poderia ser atingido por um algo que exterminaria a vida em,
relativamente, pouco tempo; poderia ocorrer uma explosão na cozinha ou ruir a
parede do seu quarto nesse exato momento; você poderia engasgar com a própria
saliva.
Ok... Eu mesmo me assustei com a última.
E ainda assim, estamos aqui. Um novo instante nos foi
dado, uma nova chance. Um “Continue”, em termos gamescos.
Claro, se você pular de um precipício, provavelmente não
sobrará nada para contar a história. Mas todos nós corremos riscos a todo o
momento. Só não precisamos nos colocar na maioria deles.
Então, será que a vida não nos dá outra chance? De
consertarmos alguns dos nossos erros, engolindo o orgulho, pedindo perdão, mudando
de atitudes, numa tentativa maior de mudar as nossas vidas e as de outrem?
Fica a pergunta.
Maldito Phylos...
D. MENARI A Verdade Nua e Crua |
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