DO ATRITO

Mais uma vez, caros leitores, venho trazer mais um poema.

O tema novamente é para inquietar.

Alguns dizem que o conhecimento e a sabedoria desperta o homem para ver o mundo com outros olhos. Outros, porém dizem que a ignorância é que é uma benção. Quem terá a razão afinal? Afinal devemos ou não estar em inércia?






DO ATRITO


“Por que tirastes-me da inércia?”

Pergunto aos meus passados, às minhas glórias,

Aos caricatos seres de minhas memórias.

Fizerdes escorrer o tempo de minhas mãos fechadas,

Fizerdes alterar os corpos e as poucas estradas.



“Por que tirastes-me da inércia?”

Pergunto aos meus erros, aos meus enganos,

Aos acasos que ousaram destruir meus planos.

Queríeis, por algo, uma troca justa?

Mas não perguntastes primeiro o quanto custa?



“Por que tiraste-me da inércia?”

Pergunto a quem aqui me entende mesmo.

Que sabe do caminho na escuridão que sigo a esmo.

Sei que talvez agora entenda o que está acontecendo.

Sei que não fez por mal, não assim querendo.



Que pena?

Ganhei a dúvida!

Que pena!

Perdi o chão.

Tirastes-me da inércia,

Mas não preenchestes minha solidão.



D. MENARI
Folheteen

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